terça-feira, 29 de novembro de 2011

Coisas que perdemos

Vida de máe profissional é assim. perdas e ganhos.Hoje meu filo mais velho tinha apresentação de natação às 9h45 da manhã. Impossível pra mim ou meu marido...Liguei pra minha mãe e pedi que ela prestigiasse o pequeno. Sabia que ele ficaria feliz de ver alguém ao lado dele. Pedi que ela me ligasse em seguida para dizer como tinha sido.
Não pude antender, estava numa sala de teatro assistindo a um evento de um cliente. Meu coração apertou de curiosidade. Saí rapidamente da sala e liguei de volta. Ouvi cada detalhe e me emocionei como se estivesse lá.
Perdas e ganhos.

Fim de semana

Eu tenho orgulho de não precisar de babá aos finais de semana. Já passo pouco tempo com meus filhos durante a semana, então sábados e domingos eles são todinhos meus. E eles também adoram e ficam animados, mais felizes, mais dispostos, cheios de chamego e carinho. Comdça como sábado de manhã quando não temos horário para levantar e a farra na cama é estendida até quase 10h.
Eles assistem a desenhos, brincam de fazer cabaninha no edredom, trazem toneladas de brinquedos até a cama, até que a preguiça vai sumindo e todos resolvem se levantar e preparar o café.
Não estou dizendo que é tudo só tranquilidade. Fim de semana com cfiança é muito mais cwansativo do que um dia cheio de trabalho. Eles nos exigem fisicamente e emocionalmente. Pequenos dsentendimentos entre os irmãos, vontades que não serão atendidas, sono que traz mau-humor, fome ou sede em momentos nada propícios, impaciência com filas... A lista pode seguir por páginas e mais páginas.
Uma vez, logo que voltei ao trabalho depois de uma viagem de férias para a Disney (algo que também merece um capítulo à parte), um cliente meu disse: "bem-vinda de volta! Nada como voltar ao trabalho para descansar depois de férias com as crianças!".
Um outro cliente disse em certa ocasião que ele consegue descansar quando deixa a filha na escolinha e segue para o trabalho...
É mais ou menos essa a sensação. Porém, basta ficar poucos minutos no maior sossego, que o barulhinho da bagunça se torna algo extremamante valioso. A maternidade vicia. Quando meus filhos dormem na minha mãe acordo meio perdida, sem rumo, não sei direito o que devo fazer, por onde começar.
A rotina com eles é tão intensa que a falta dela pode ser angustiante, mesmo que também seja prazerosa.
Dormir é artigo de luxo para quem não tem babá aos finais de semana. Tenho sorte de ter uma casa no interior da cidade com grande espaço e atividades variadas para os filhos. Todos os sábados nosso destino é lá. Apesar de ser bem cansativo fazer mala, desfazer mala, pegar estrada ida e volta, vale a pena cada segundo fora da cidade.
Não ter babá também não significa não ir a festas e eventos de amigos. Nessas ocasiões basta nos planejarmos com certa antecedência. Acionamos os avós ou em último caso uma baby-sitter pode resolver.
Uma coisa que não faço é levar meus filhos em eventos de adultos, à noite, em ambientes que não são para crianças. Prefiro colocá-los na cama às oito, e depois seguir caminho para curtir um programa de gente grande.
A gente nunca sabe se a criança vai ficar agitada, atrapalhar a conversa de outras pessoas, muitos podem se incomodar. Bares ou festas já nem aceitam crianças, casas de amigos podem não ser seguras, sem contar que é muito desagradável quando o intuito da festa é outro e crianças pequenas quebram total o objetivo dos anfitriões. Procuro agir com bom-senso. Festas de dia, almoços, churrascos, ok. À noite já não rola. A não ser que o dono do evento diga espontaneamente que eu posso levar filhos ou até pedem que eu leve, para vê-los e curtir um pouco. Nesses casos, já vou sabendo que irei embora mais cedo.
Restaurantes com crianças pequenas podem ser uma aventura, por isso tenho sempre na mochila papeis e giz de cera para colorir. São infalíveis e nem sempre os estabelecimentos estão preparados para crianças. (aliás quase nenhum! deixei de frequentar restaurantes que amava pois nao tem nem sequer trocadores no banheiro).
Vejo muitos casais almoçando tranquilamente na mesa enquanto a babá se desdobra para entreter e cuidar do bebê... Fico pensando aonde está a verdadeira convivencia. Que hiatórias terão para contar se nada evetivamente MUDAR na rotina de um casal com filhos?
Enfim, não julgo, mas não concordo e sou realizada por aproveitar cada segundo livre com meus filhos.
Sei que sou majs feliz assim e eles também.
Fato é que toda sexta, quando uma funcionária vai embora e diz: "bom descanso!" eu digo: "Há-Há"

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dor de cabeça

Óbvio que minha vida também não é comercial de margarina! Quase isso, mas náo. Tem dias em que estou sem paciencia, estressada por algo que deu errado no trabalho, ou pior: com dor de cabeça. Dor de cabeça é uma coisa que domina, impede, atrapalha, é ruim de mais! Fico meio nervosinha e bravinha com meus filhos quando sinto dor.
Logo tento repensar e ficar mais calma, mas enquanto eles não dormem, é difícil segurar a calma. E parece que eles sabem que eu preciso de sossego e ficam mais agitados!!! Porém, como tudo na vida, dor de cabeça passa. E nervoso também.

Manicure??? Aí depende...

Da agenda do dia! Sextas geralmente são dias corridos. Reuniao pela manhã, almoço corrido, muita produção à tarde. Tinha marcado manicure, mas não consegui. Na maioria das vezes,os compromissos que "rodam" são os relacionados aos cuidados pessoais. Depilação, manicure, drenagem linfática... Não adianta reclamar. Eu vou me virando, dando um jeito, lixando a unha, passando uma base, gilete pra quebrar um galho enquanto nao me sobra 1 hora na agenda para cuidar disso.
Não significa que saio andando detonada por aí. Vaidade é bom e toda mulher gosta (e merece). E nao vivo sem minha maquiagem. Sem rimel, batom, lapis e blush me sinto nua!
A questão é que quando se trabalha, não sobra mesmo muito tempo.
Não ter uma babá ALÉM da escolinha, para me ajudar em casa, buscar as crianças, me dar um sossego à noite, é uma decisão consciente e também financeira.
Mas não me arrependo. Já tenho pouquíssimo tempo com meus filhos durante a semana, então eu realmente adoro poder buscá-los na escola, ver o sorriso no rosto deles quando me veem chegando. Eles abrem os braços e vêm correndo em minha direção com a maior alegria do mundo! Querem me mostrar as atividades do dia, contar o que aconteceu, entramos no carro e fica o maior auê.
Em casa, dou comida para eles (que a empregada deixou pronta na geladeira), depois preparo um leite quentinho e aí vamos para a sessão banho. Coloco os dois juntos na banheira, e o banho é uma farra para eles. A pequena brinca de dar banho na boneca e imita tudo que faço, enquanto ele faz bagunça com a água mesmo.
Depois do banho, penteados, vestidos e cheirosos, ambos tomam o leitinho assistindo a um desenho. Terminando, por volta de 20h, meu filho vai para cama e minha filha para o berço. Para ela, tenho que cantar.
Às vezes invento a letra, dizendo coisas que sinto. Às vezes canto musicas das quais gosto muito. Para ele, o negócio é contar histórias. As mais variadas. Vale tudo: das princesas, dos super heróis, histórias inventadas... Em questao de minutos, estão dormindo.

Dormir cedo é muito importante. Sempre fiz questao de habitua-los a essa rotina. Criança PRECISA dormir cedo, eles precisam repor as energias, curtir durante o dia e descansar durante a noite. Tenho amigos que reclamam da hora de dormir, que nao conseguem colocar seus filhos cedo na cama. TUdo uma questão de persistência e paciência! Nao foi sempre assim comigo, ja fiquei mais de 40 minutos fazendo-os dormir, mas nao desisti, e mostrei para eles que aquela É A HORA DE DORMIR e ponto final.

Eles nem discutem. Posso até ter visita em casa. Quando acaba a bagunça, vamos dormir. Ter essa paciência não é fácil. Mas a longo prazo vale muito a pena!

Uma vez eu estava na banca de jornal e uma senhora comentou sobre uma personagem de novela das 9h da Globo e disse: "Essa menina é um péssimo exemplo para nossas crianças" imediatamente respondi: "QUe crianças"? E ela disse: "Ué,nossos filhos", eu falei: "Os MEUS filhos nao assistem novela das 9h, eles são muito pequenos para isso. Além do mais, esse horário nao é para criança estar acordada vendo TV". A mulher não gostou muito, mas teve que concordar, no fundo sabia que eu tinha razao. Depois ainda argumentou que as novelas tem idade recomendada, mas ninguém respeita isso. Ok...

Eu prefiro agir assim, regrada, mesmo sabendo que eles acordarao bem cedo cheios de pique. Nem preciso de despertador, eles acordam na hora exata para o dia começar. E acordam daquele jeito mais gostoso, vindo para nossa cama, deitar com a gente até todo mundo levantar.

É nessas horas que penso: babá pra que? QUem liga pra fazer a pedicure toda semana, se um beijo estalado do meu filho logo pela manhá é MUITO mais gratificante?

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A eleita

A reunião na escola dos meninos foi muito bacana. Negociar valores quando o bolso está apertado pode ser uma saída para não precisarmos abrir mão das pessoas em quem confiamos. A escola Pinguim (www.escolapinguim.com.br) é sensacional.

Lembro-me daquelas semanas em que eu e meu marido tiramos para visitar escolas e escolher qual seria a eleita para nosso filho então com 1 aninho. Conhecemos tantas escolas!
Primeiro olhamos aquelas próximas ao nosso trabalho. Depois minha mãe nos convenceu de que seria melhor procurar alguma perto da casa dela. Assim, em um dia mais enrolado, ela teria facilidade de buscá-los.
Desisti logo de cara se escolas que não me atendiam sem marcar hora. Para mim fica a sensação de que existe algo a esconder. Não faz sentido marcarmos hora para visitar uma escola e vê-la em pleno funcionamento. Aconteceu isso com um lugar chamado Piu Piccoli. Tentei duas vezes a visita e nada de me atenderem, a não ser que eu ligasse para marcar antes!
Depois, ao ser atendida após marcar, a responsável tinha um perfil bem diferente do meu. Não teve jeito. A energia não bateu, discordei de coisas que vi.
Foram tantas escolinhas... Tinhamos que nos preocupar tambem com os valores. Já sabíamos que não seria barato, mas queriamos a melhor que se encaixasse em nosso orçamento.
A Escola Pinguim foi um sopro de tranquilidade.
Logo ao chegarmos, sem avisar, fomos imediatamente recebidos. O tour foi feito, tudo foi explicado de forma tão agradável, sem recalque.
logo me apaixonei pela horta e pelos animaizinhos wue vivem no canteiro. tem coelhinhos, tartarugas, papagaio... Parque coberto para dias de chuva, mini-quadra, e até um atelie!!!
Eu soube imediatamente que aquele era o lugar.
Hoje, quase 3 anos depois de colocarmos nosso filhote na escolinha, e atualmente com DOIS filhos frequentando, estamos satisfeitos. Pena que a educação infantil só vai até os 5 anos. Mais dois aninhos e meu filho terá que ir para outra escola. Dizem as outras mães que eu preciso já escolher e entrar em filas de espera.
Mas eu não me estresso por antecipação com NADA. Como meu pai sempre diz: espera o fantasma chegar mais perto.
Quem sofre por antecipação sofre Duplamente. Eu já tenho tanta coisa na cabeça pipocando pra resolver em meu dia a dia, que eu realmente não preciso de mais.
Uma dica para quem adora curtir uma ansiedade meio punk: ansiedade engorda!!!

Correria, mas com tempo para um cafezinho.

Organizar a vida de RP com a vida em família pode ser mais fácil para pessoas, que, assim como eu, tem a sorte de ter o proprio negócio e uma equipe afiada trabalhando por você. Assim vou levando minha agenda.
A reuniao na escola, marcada para as 18h começa daqui 30 minutos. Como levei um cano do cliente com quem me encontraria às 16h um pouco longe da escola, pude adiantar a chegada no bairro. E claro, os atrasos dos clientes a gente tem que entender, afinal, sao clientes, sem eles o meu negócio não sobrevive!
O motivo do cano foi sério: doença na família. Enquanto torço para que tudo corra bem com ele, corri para o bairro proximo à escola dos meninos e sentei num café. Pedi um capuccino, abri o iPad, chequei e-mails e ainda fiz uma reunião telefônica com a sócia, para quem devia vários updates de reuniões.
É sempre uma questão de escolha: estressar ou dançar conforme a música? Mais uma sessão clichê: é aquela do copo meio cheio ou meio vazio? Procure vê-lo cheio! É melhor para sua saúde e para sua agenda!!!
Ah, e claro, náo é possivel conciliar os papeis sem ferramentas como um Smartphone - no meu caso o Blackberry; aplicativo do google maps (para chegar aos destinos sem se perder - e nao perder tempo); e um iPad ou netBook (que cabem na bolsa e conectam em qualquer regiao Wi-fi ou com dispositivos proprios para conexão móvel.
Um pouco de tecnologia para ajudar as mamães empreendoras a levar uma vida mais organizada!!!
Ops, hora de pagar o café e sair! Ultimo compromisso do dia na rua. (Porque em casa ainda tenho muitos compromissos: jantar das crianças, banho, leitinho, canção de ninar uma história de super herois para o mais velho!).
Ufa!

Reunião na escola

Hoje tenho reunião na escola dos meninos às 18h, São 15h30 e estou saindo para uma reunião às 16h. Mais ou menos perto. Vou com fé de que consigo conciliar as duas coisas. Na pior das hípóteses peço licença e saio antes de terminar a reunião, ou chego um pouquinho atrasada na escola... Como meu pai sempre diz: nao dá para equilibrar todos os pratos. às vezes alguns se quebram! Ninguém é superherói!

Escolinha ou babá?

Se tem um assunto que gera discussões intermináveis e controvérsias entre mães, é a dúvida entre escolinha infantil ou babá. O meu voto é óbvio: escolinha. Mas não pode ser qualquer escolinha. Tem que ser pensado, tem que visitar várias, tem que avaliar quais serão os critérios levados em conta:

1) Perto de casa, perto do trabalho, ou perto da casa da vovó? (assim ela busca quando estamos enrolados);
2) Escola de grande, médio ou pequeno porte?
3) Custo;
4) Linha pedagógica.

Eu adoro babás. Juro, eu tive até meu filho completar 1 ano, e minha filha teve até os 9 meses. É uma ajuda e tanto! Uma tranquilidade de saber que seu bebê está no conforto do seu lar, tranquilinho, perto do bercinho dele, dos brinquedinhos dele, da banheirinha dele. Isso é muito gratificante. Em eventos como festas de aniversário, batizados, almoços comemorativos, a babá torna tudo mais fácil. Você pode receber as pessoas com calma, enquanto alguém vai trocando as fraldas, dando papá, essas coisas obrigatórias - e muito gostosas - que, durante uma festa, podem atrapalhar o anfitrião.

Mas aí, depois de 9 meses/1 ano, o bebê já é outro bebê! Ja engatinha, pega as coisas, locomove-se com facilidade, coloca o dedo na tomada 1 milhão de vezes, coloca tudo que vê na boca, entre outras curiosidades. Aí, na escolinha, o bebê vai ter um espaço 100% seguro de brincar, brinquedos adequados ao seu tamanho, convivência com outros bebês, o que ajuda muito no desenvolvimento.


A casa da gente é um ambiente altamente perigoso para uma criança! Tem risco de queimadura, choques, quedas, cortes... E esses riscos aumentam conforme a criança vai ganhando independência dos movimentos. Por isso, sou a favor da escolinha a partir de determinada fase. Eu não teria coragem de esperar até os 3 o 4 anos para colocar na escola. Opinião pessoal minha.
Uma criança de 2 anos, indo para os 3, já é tão esperta, tão capaz! Já é capaz de se comunicar com desenvoltura, negociar, contar histórias, inventar, entender enredos, observar livros, fazer desenhos mais complexos! Para que deixar uma criança capaz de aprender muita coisa, dentro de casa à mercê de DVDs animados e de uma babá?
As escolas te dão avaliação de desenvolvimento, dão feedbacks sobre os comportamentos de seu filho. Muitas oferecem avaliações periódicas com fisioterapeutas; aulas de música; teatro; danças; trabalhos artesanais. Isso tudo é tão rico para as crianças!
Os valores são os mesmos para uma babá - cada vez mais caras - e uma escola! Por isso, opto pelo lugar onde os filhos estão mais seguros - se é para ficar longe dos olhos dos pais, que estejam sob olhares atentos de pedagogos e berçaristas preparados - e mais abertos a novas experiencias educativas.
Escolha com calma, pergunte tudo que quer saber para a Diretora, entenda e compreenda os valores que a escola passa aos alunos, com relacao a todos os assuntos. Assim, você verá se o perfil da escola é mais proximo do seu como educadora.
Observação relevante: a obrigação de educar é DOS PAIS e nao da escola. O trabalho é conjunto. Mimar os filhos em casa porque na escola eles tomam a correção, é a maior bobagem. Pode parecer clichê, mas "quem ama, educa". "quem ama impoe limites". Eu adoro saber que sou o porto-seguro de meus filhos, pois quando erram, sabem que terão consequencias, e por isso podem tentar, pois alguem estará do lado apontando o caminho e corrigindo se necessário.
Ai ai. Essas esponjinhas... Como é prazeroso ensinar uma criança! Amo!

Crianças X Tecnologia - Como o DS pode ajudar

É verdade o que dizem por aí. As criancas de hoje parecem que já nascem com um chip. Aprendem rápido, aventuram-se sem medo diante de gadgets eletrônicos, video games, aparelhos de cd e dvd.
Meu filho completara 4 anos em 2 meses e utiliza o ipad com desenvoltura. Nao, ele nao escreve textos ou manda emails para amigos, ou posta no twitter. Mas ele sabe direitinho chegar aonde lhe interessa: os joguinhos que baixei para ele. Tem o "safari de adesivos da Dora", tem aquele gatinho doido e o do cachorro lendo jornal - esses dois ultimos sao apenas programas de interação. Apertando determinadas partes do bicho ou do cenario, ele responde, como por exemplo, ao fazer "carinho" com o dedo na barriguinha do gato, ele comeca a dormir.
Mas eu procuro nao deixar que ele fique muito tempo. Sao cerca de 15 minutos no maximo. Para ele, 15 minutos sao uma eternidade.
Eu e meu marido temos receio de que ele fique vidrado no mundo digital, gostamos de fazer  pinturas, massinha, dobraduras e quebra-cabecas com ele para mostrar como o mundo real pode ser prazeroso. Não à toa, ele é um menino super sociável e criativo. Adora inventar histórias e brincar de fantoche.
Afinal, aprender a usar a tecnologia ele vai aprender de qualquer maneira, cedo ou tarde.
Ensinei-o a usar o mouse. No laptop, brincados com um jogo da memoria para crianças. Meu filho pegou a manha na hora!
Viajei a NY a trabalho recentemente e ele me pediu um DS, uma especie de gameboy de ultima geração, da nintendo. O negocio tem ate imagem 3d e acesso à internet. Achei que ele ia se enrolar todo para usar. Que nada! Em questao de dias - usando pouco - ja estava completamente adptado. Claro que comprei e baixei joguinhos próprios para sua idade.

(Em relação ao meu martírio de ficar longe deles por 1 semana, falarei mais pra frente, merece um post exclusivo só sobre a saudade).

Uma amiga minha me disse assim: "voce comprou DS pra ele? Entao voce comprou sua tranquilidade". Sim, em partes é verdade. Não me entenda mal, estar com os filhos é maravilhoso e deve ser um momento de muito prazer, mas existem momentos em que PRECISAMOS que eles fiquem quietinhos.

Quando eu deixo o espertinho jogar:

1) em restaurantes; Criança não agüenta esperar. Fato. Claro, tem aquela criança calminha, que os pais falam "Não dá trabalho nenhum!", existe, é verdade. Eu já vi. Mas os meus filhos são pilhados. Educados e Obedientes, mas pilhados. No restaurante, o tempo entre pedir a comida e a comida chegar, para eles dura uma vida. Aos poucos parece que surgem formigas na cadeira e lá vão eles querer saracotear. Eu não deixo descer da cadeira em restaurante - depois para voltar é um parto - então,o DS cai como uma luva!

2) em momentos como: arrumação de mala para viajarmos; sala de espera de pronto socorro; sala de espera de pediatra; ou quando ele vem ao meu escritório junto comigo por alguma emergência.

3) No carro, em longos trajetos; Depois que a música já perdeu a graça, todos os CDs de historinhas já foram ouvidos, o DS é a salvação para a paciência da criança (e a nossa)!!!

Recomendo o DS, mas claro, com moderação!!! Ah, e a função 3D ele ainda não pode curtir, pois o fabricante recomenda somente para crianças acima de 6 anos, por causa dos olhos, parece que o 3D pode causar "Eye damage".


Obs. Isso tudo funciona com o mais velho. A pequena, de 18 meses, ainda exige 100% de atenção adulta nesses momentos, e o DS não ajuda muito...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Filhos em primeiro lugar, sempre.

O que mais ouço em minhas rodas de amigos, conhecidos, clientes, é "DOIS filhos? Como você consegue?". Perguntam isso porque pareço fazer milagres. Sou dona da minha própria empresa de Assessoria de Imprensa, junto com minha querida sócia. Estamos sempre cheias de trabalho e uma equipe para tocar. Ao mesmo tempo, sou casada e tenho dois filhos pequenos. O mais velho, nasceu em 2008, eu tinha 25 anos recém-completados. A mais nova tem 18 meses, nasceu em 2010.
Ja minha empresa nasceu em 2004. Casei-me em 2005. Ah, não posso esquecer da minha labradora, de 4 anos de idade, que entrou em minha vida em 2007. Pouco depois de sua chegada, engravidei pela primeira vez.
Enfim, é muito pouco tempo, para muita assumir muitas responsabilidades! Muitas vidas. A vida dos funcionarios,que dependem do andamento da empresa, a vida de um pet que exige os mais variados cuidados (e caminhadas diárias), a vida de um marido - quem mais sofre com meus multiplos papeis - e a vida dos dois seres mais importantes da minha vida: meus filhos.
Sim, porque, depois dos filhos, nada é mais importante. Nem a reunião que vale milhões, o aniversário da melhor amiga, o casamento do primo querido. Os filhos ganham prioridade.
Falar aqui de tudo que um filho é capaz de causar na vida de uma mãe, para quem ja é mae (ou pai) vai entender fácil. Para quem nao tem, vai achar o maior papo chato, de mãe coruja, e lembrar da própria mãe.
Isso mesmo, a gente se torna mais parecidos com nossos pais, e imediatamente após o parto ja passamos a compreendê-los e enxergá-los como verdadeiros heróis.
"Nossa, naquela época deve ter sido bem mais complicado ter um bebê! Como foram corajosos comigo!". E assim, o respeito que ja existe, pois é exigido e ensinado, passa a ser natural, obrigatório.
Temos a tendência ao egoísmo, como seres humanos vivendo nessa sociedade maluca, cheia de competição. Os filhos te tiram dessa posição. "Hei, acorda mané, tem alguem MUITO mais importante do que você".
A fragilidade do ser humano fica evidente ao termos um filho. A gente passa a entender a dor da mãe que perde um filho e conta sua história no Jornal Nacional. A gente chora junto, se coloca no lugar, entende que aquilo é a maior injustiça que alguem pode viver. Ah, e a gente morre de medo.
Medo. Essa palavra volta com força total após a chegada do filho. A linha entre a pura neurose e a responsabilidade é muito tênue. Mas o fato é que temos medo de o filho ficar doente, de o filho cair, machucar, doer, sofrer... Esse medo nos acompanha ano após a ano. Temos a sensacao de que quando deixar de ser um bebezinho melhora, mas nao. O medo só aumenta. Aquele cidadão crescendo debaixo dos seus olhos nao pode, nao tem o direito de sofrer!
Os clichês que se lê na revista Caras sao a mais pura verdade: "Depois do meu filho nada mais importa"; "Virei uma mãe leoa", "Dane-se a dieta o que importa é meu filho"(ops, essa última acho que ningém vê na Caras...).
E aí, em meio a tudo isso, a gente trabalha, corre atrás dos nossos sonhos profissionais, individuais, nossas responsabilidade de adultos com o banco, com os pais, com os amigos, etc etc etc.
É comum eu ouvir em festas de aniversario ("de adultos e sem brinquedos", como explico para o meu filho) as perguntas espantadas de todos: "Como você tem vida social? Quem está com seus filhos?".
A sociedade mudou muito. A mulherada quer conquistar o mundo. Então, de repente, ter dois filhos nos dias de hoje para uma profissional, parece muito mais difícil do que antes, quando a tecnologia era menos desenvolvida, e as mães tinham que lavar as fraldas de pano e ferver as mamadeiras. Que estranho, hoje a vida é cheia de facilidades. Babás cada vez mais qualificadas (e caras), escolinhas bilingues, cameras conectadas na internet para os pais acompanharem o dia a dia dos filhos, fornecedores de festas infantis ao alcance de um Google.
É isso que respondo à pergunta "COmo voce consegue?".
Basta querer!
No fundo, o medo de sermos pais é mais profundo do que "como vou conciliar com a carreira". Uma das mulheres mais poderosas do mundo hoje, que acaba de assumir a Vice Presidencia do Facebook, tem dois filhos, engravidou aos 25 anos, assim como eu, e chegou ao topo. Carreira invejavel, apaixonada pela familia E pelo trabalho.
IT IS POSSIBLE, guys.
Antes que os mais "caseiros" e ligados por cordao umbilical aos filhos, mesmo aqueles com 30 anos de idade, dizerem que isso é só é possivel abrindo mao de momentos familiares valiosos, adianto: CLARO que abrimos mao de montes de coisas.
Tenho uma grande amiga, fofa que adoro, mae de dois filhos EXEMPLARES, daqueles que você olha e diz: como ela conseguiu educar esses meninos assim? Ela nao trabalha. Largou a carreira quando engravidou e o marido banca a vida da família. Quando a vejo contando das apresentacoes de balé da filha e das conquistas do mais velho no hipismo, a forma como ela acompanha tudo tão de perto é comovente. Cercada de tarefas, é uma verdadeira empresária da vida de seus filhos e do marido, cuidando de absolutamente tudo com bom humor e mais importante - com ENORME prazer.
Conclusao: a regra é SER FELIZ. O que te realiza? Ser uma profissional, ter aquele dia agitado, cheio de metas e desafios, pessoas diferentes, apertos de mão, conquistas, dinheiro; OU ser uma maezona e dona-de-casa moderna (aquela que orienta a empregada mas nao precisa colocar a mao na massa pra valer, entende?).
Quem julga as mulheres que nao trabalham e vivem para os filhos, está no fundo com inveja dessa vida, cansada da rotina pesada do mercado de trabalho. Desejando ser madame!!! Quem julga as que trabalham o dia inteiro e veem os filhos por poucas horas durante a semana, no fundo tem inveja da vida agitada e da bagagem sempre cheia de novidades.

Eu AMO minha vida profissional e minha vida em família - como ja disse, os filhos vêm em primeiro lugar - mas o trabalho me motiva, me fascina, adoro conquistar, até errar eu gosto, pois aprendo, sofro e depois quero refazer e surpreender.
Ao mesmo tempo seria capaz de passar HORAS admirando a beleza e inocencia dos meus filhos. Seus olhares, seus dedinhos, suas conclusoes engraçadas.

Meu dia a dia é mega calculado. Nada pode sair do horário senao tudo desanda. A minha estrutura se resume a 1 empregada das 8 äs 16h; escolinha das 9h30 às 18h30 para os meninos; 1 marido super participativo; avós que moram perto e quebram ALTOS galhos.

E assim, a gente se adapta ao que temos por perto. Se nao tivesse isso, teria outra coisa!

Se hoje escrevi esse texto gigante, pode ser que amanhã nao tenha tempo nem pique - porque a energia acaba, tem horas. Mas eu com certeza volto! Tem muito assunto para destrinchar quando o tema é filhos+trabalho.

Mantenha-se por perto!